Indústria Cultural



Por: Larissa Meira

Tomando como base o seu significado propriamente dito, segundo os filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno e Max Horkheimer, membros da Escola de Frankfurt, entende-se por Indústria Cultural o termo usado quando queremos definir a conversão da cultura em mercadoria.
No entanto há uma contradição, ou melhor, um algo mais quando trata-se de justificar o termo. Não é indústria só porque contém a lógica de tornar mercadoria. A indústria cultural cumpre funções específicas, antes preenchidas pela cultura burguesa, um pouco alienada de sua base materialista. A nova produção ocupa o espaço do lazer após um dia de trabalho das pessoas que, ao digerir produtos prontos e de fácil consumo ficam aliviadas da fadiga.
Na relação entre a música e a indústria cultural, é clara e nitidamente inegável que desde a década de 90, cada vez mais a produção de músicas midiáticas massivas aumenta. Bandas como “É o Tchan”, “Latino”, “Gaiola das Popozudas”, entre outros, componentes dos grupos de bandas que contém produtos de caráter padronizado, são a prova do que foi afirmado.
No entanto, o aparecimento da banda “Mamonas Assassinas”, dá inicio a uma tendência, a do humor nas músicas, da erotização debochada e explícita, que de certa forma quebra um pouco a idéia da censura tão radical por conta de que o produto atingia a adultos e crianças.
Esse é um processo que vem sendo construído ao longo do tempo e os créditos não devem ser dados apenas às interferências da mídia, mas que ela tem papel bastante relevante não se pode negar.


|

Read Users' Comments ( 0 )

Eles estão por toda parte!



Por: Camila Santos

Após citar o rock alternativo como destaque no cenário independente da música baiana, o trabalho foca na banda o Círculo.O Círculo tem fãs espalhados por todo o estado.A integração entre os membros no palco e a performance artística do vocalista e ator Pedro, fazem com que a banda tenha ganhado bastante espaço nos últimos tempos.Não obstante, sua comunidade no Orkut, já agrupa mais de 7.500 membros.Entre eles, alguns artistas também ingressando nesse cenário amplo e diverso da música produzida independentemente, que contam com a experiência da banda, pra ordenar suas trajetórias.
Surgiu a partir da união dos três ex-integrantes da banda de Reggae, Scambo (Pedro Pondé, Júnior Martins e Israel Jabar) – uma banda com a proposta de trazer o “Rock Popular Brasileiro” à capital baiana.O grupo foi lançando em 2006 no Circo Bolshoi, com a participação das bandas Nação Zumbi e Mombojó.Pedro(vocal), Júnior(baixo) e Israel(teclado), se juntaram com o baterista Daniel Coentro e as guitarras de Tassiano e Beef do Amor. O resultado foi um conjunto de amizade, afinidade e música. Dizem ter sentido logo no primeiro encontro o entrosamento entre os membros.Depois de algumas horas de conversa, ensaios e arranjos, nasceu a música de trabalho Depois de ver, Tonto Mar e Pare com isso.No repertório algumas canções da antiga banda, composta por eles, ganham uma nova roupagem.O show conta também com versões de grandes músicos brasileiros(entre eles, o Caetano Veloso) e novas composições, feitas com muita criatividade.Os artistas prepararam um trabalho com a sua própria cara e linguagem, do jeitinho deles.O objetivo do grupo é misturar rock, a MPB e o samba, com uma pitada de reggae.”Criamos um estilo novo e diferente, que chamamos de Rock Popular Brasileiro”, já declarou o vocalista.O nome da banda representa a união dos integrantes, que caminham de mãos dadas com um único objetivo: fazer música para o mundo.”Não queremos ser mais uma boca gritando.Queremos fazer um trabalho que alcance e faça refletir”.A banda não encanta só a nova geração de “jovens alternativos e antenados com todas as formas de poesia e arte”. Divide opiniões de pessoas de diversas idades, que criticam e/ou admiram o trabalho dos meninos.No podcast a seguir, alguma dessas opiniões são expressadas.



O Circulo - Depois de ver



meninos - depoimentos




Para entender tudo o que aconteceu desde a saída da Scambo até o surgimento do O Círculo, Pedro Pondé esteve no iBahia.com e abriu o jogo sobre o que pensa a respeito de música, arte, banda e relacionamentos.

iBahia.com: Pedro, banda nova surgindo no cenário de Salvador. Como e quando surgiu a idéia de criar O Círculo?Pedro Pondé: Eu digo que O Círculo começou antes da gente saber ou imaginar que ia começar. Porque, até então, eu, Júnior e Israel fazíamos parte da Scambo e, na nossa cabeça, a gente estava fazendo música para a Scambo. Tudo isso lá em São Paulo. Quando você viaja com a banda as coisas começam a ficar mais claras. Percebemos que não tinha mais aquela unidade, nos transformamos em dois grupos. Eu, como vocalista, me senti mal porque eu era uma voz só. Eu não representava mais a banda. Então, como eu não conseguia cantar por todos, foi melhor separar. Eu ia acabar me sentindo uma fraude para subir no palco e cantar' e paralelo.

iBahia.com: Quais foram os motivos?Pedro Pondé: A gente não estava sendo ouvido e não nos sentíamos mais parte do trabalho. A nossa utopia era fazer uma música de qualidade e viver bem de música, eu digo estar em harmonia. Não esperar o sucesso. Ele pode acontecer como não pode também. Você tem que estar feliz no dia-a-dia sem esta pressão de 'temos que fazer sucesso', sabe? E essa tensão aconteceu demais. Outro ponto foi que a gente não foi ouvido. Muitas coisas mudaram do início da Scambo para os últimos tempos.

iBahia.com: Você realmente informou que sairia da banda pelo Orkut, antes mesmo de falar com os integrantes da banda?Pedro Pondé: Sim. Isso aconteceu porque, nem mesmo na hora que falei que estava fora da banda, fui ouvido. Eu já tinha decidido sair da banda umas três vezes antes, mas mudava de idéia porque acho o trabalho da Scambo muito bom. E o público me ganhava. As coisas não estavam boas entre a gente, mas quando aconteciam os shows, eu entrava em contato com o público e era tudo fantástico. Porém, chegou ao ponto de não suportar mais. Na reunião, com todos da banda, avisei, mas não me ouviram mais uma vez. Então resolvi ir ao Orkut e falar diretamente com o público. Resolvi me despedir e agradecer a todo mundo. Mas depois senti que me passaram pra trás quando publicaram um texto sobre minha saída na imprensa, sem nem mesmo eu ler e concordar. Sinto que todo meu trabalho foi esquecido.

iBahia.com: Depois da poeira ter abaixado, como está o relacionamento de você, Israel e Júnior com a Scambo?Pedro Pondé: Eu acho que as coisas poderiam ter sido resolvidas de uma forma mais civilizada. A gente poderia ter se escutado com mais calma. Poderíamos até nos separar, mas como futuros possíveis parceiros. Não digo que ficou uma rixa entre nós, mas sim uma mágoa e só com o tempo para passar. Com tempo e com a consciência que todo mundo errou de alguma forma e tentar levar os novos trabalhos pra frente. Todos do O Círculo acreditam no trabalho da Scambo, mas realmente foi o lado pessoal que acabou afastando a gente.

iBahia.com: Você disse que o caminho que a Scambo estava trilhando não te agradava. Que caminho você pretende seguir com O Círculo?Pedro Pondé: Um caminho sem segundas intenções. Tudo tem que ser claro, tudo tem que ser transparente, tudo tem que ser dito. Meu objetivo com a música é tocar as pessoas. Agora eu estou até trabalhando mais meu lado compositor. Sentamos todos juntos do O Círculo e fazemos músicas, todo mundo junto. Eu acredito que você pode fazer uma música simples e boa. Simples não quer dizer pobre, e popular não quer dizer vulgar. Então eu quero fazer música popular, música falando do povo e pro povo. As pessoas entendem o que é simples e verdadeiro.

iBahia.com: Músicas da Scambo estão no repertório do O Círculo. Quais são?Pedro Pondé: A gente está tocando 'Meu Bem', 'Implosão', entre outras. Mas todas com versões diferentes. Estão entrando pessoas novas na banda e elas tem a liberdade total para interferir no trabalho.

iBahia.com: Uma dos seus pontos fortes no palco é a performance teatral. Isso vem muito da sua formação de ator, não é? O que busca expressar pela música?Pedro Pondé: Eu acho que a música tem um poder incrível. Ao mesmo tempo que você está usando a palavra, que por si só já é um instrumento de uma força impressionante, ao aliarmos ela à música, ela torna-se capaz de alcançar as pessoas. E antes de você falar e tocar, tem que ter um sentimento por trás e foi o que eu ganhei com o teatro. Hoje eu sou meio que um mutante. Não sei se sou um ator que canta ou um cantor que atua. Acho que a mistura entre o teatro e música possibilita pegar um atalho para os corações das pessoas.

iBahia.com: Vocês dizem que a apresentação do O Círculo não será apenas um show, mas um espetáculo com teatro, iluminação e figurino...Pedro Pondé: A apresentação teatral por si só já acontece. Eu falo que eu não sei cantar. Eu sei interpretar o que estou cantando. O espetáculo, propriamente falando, a gente vai desenvolver com mais tempo. Isso porque nós temos que nos conhecer melhor. Qualquer interferência minha no figurino ou iluminação, seria algo meu, e não da banda. Acho que gradualmente o show se transformará em um grande espetáculo.

iBahia.com: E de novidade já está surgindo a proposta do 'Rock Popular Brasileiro', não é isso?Pedro Pondé: Nem é criar o Rock Popular Brasileiro, até porque ele já existe. Já existe a expressão Rock/Pop, mas poucas pessoas se identificam com o som. E eu sinto falta de escutar o 'Rock... Popular... Brasileiro', eu gosto de escutar a palavra 'popular' e também o 'brasileiro' no final.

iBahia.com: O que o Rock Popular Brasileiro apresenta na música?Pedro Pondé: Ele é não é uma novidade. Tem o exemplo do Nação Zumbi, do Los Hermanos, Paralamas já faz há um bom tempo. São bandas que assimilam o que vem de fora e conseguem colocar o que é da sua região na música. Acredito que isso transforma a música em universal. Pô, eu tenho influência rock? Tenho. Eu tenho influência regional? Tenho. Eu tenho as duas coisas, eu vou misturar então. Assim, sem querer, você pode atingir quem está em Nova York ou quem está aqui em Irecê.

iBahia.com: E o que é este Círculo?Pedro Pondé: O Círculo são vários pontos voltados para o mesmo objetivo e todos estão à mesma distância do centro. Ou seja, não há hierarquia. Todo mundo tem o mesmo peso, a mesma opinião. Todo mundo é dono. Todo mundo é funcionário. Todo mundo se cobra e vamos nessa

Confira as letras aqui: http://vagalume.uol.com.br/o-circulo/


|

Read Users' Comments ( 0 )

Por: Camila Santos

A assossiação surgiu em 2002,da união de empresas atuantes no mercado da música independente, com o desafio de unir uma classe tão ampla quanto sua própria diversidade.Criou-se a associação que logo obteve a adesão de uma parcela , de selos de todo o país.A entidade conseguiu articular o setor, que hoje, mais organizado e profissionalizado, também se fortalece para (tentar) atuar junto aos poderes públicos e reivindicar benefícios para todos.
A entidade vem realizando anualmente um encontro com seminários e debates em torno da indústria fonográfica, onde mostra suas ações e programas, atualizando os associados acerca das grandes transformações do mercado, com o advento da distribuição digital e a necessidade de combater o uso ilegal da música.
Fazem parte da ABMI selos como Biscoito Fino, Velas, Rob Digital, MoviePlay, Núcleo Contemporâneo, MCD, MZA Music, Delira Música, entre muitos outros responsáveis por lançamentos de grandes nomes da MPB.Apesar de possuir artistas brilhantes e um repertório riquíssimo, os associados não representam nem um terço de toda produção nacional fora das grandes gravadoras.Essa grande parcela de produtores independentes correspondem a uma produção talvez nunca antes vista dentro da música brasileira, tanto em quantidade como em qualidade.Também, várias microgravadoras, não estão presentes nos dados da ABMI.Por esse motivo o número de títulos nacionais está muito aquém da realidade mostrada.


|

Read Users' Comments ( 2 )

Por: Camila Santos

O papo independente este mês, enfoca a banda O Círculo.Afim de entender melhor o espaço do Rock na Bahia, citamos o jornalista e ex-roqueiro Gutemberg Cruz:
- “A Bahia tem uma nova geração de bandas de rock que vive fervilhando pelas garagens, sem ter onde mostrar o seu trabalho. Falta espaço para o rock baiano. Desde que Raul Seixas, considerado o pai do rock brasileiro,deu seu grito de guerra, as tribos urbanas não pararam de crescer.Algumas não são tão novas assim. Os integrantes do Ramal 12 e do 14ºAndar, por exemplo, lutaram por muito tempo. Elite Marginal, Flores do Mal, Planeta Cidade, Gang Bang, incluíram em suas carreiras o Troféu Caymmi. Rabo de Saia, Código Penal, Ratos de Esquina e Neura mostraram a força de suas experiências sonoras. Tivemos ainda o rock pesado do Cabo de Guerra, o experimentalismo do Grupo Pulsa, o rock/pop da Companhia Clic, o psicodelismo da Meio Homem, a performance do Circus, o dodecafonismo do Crac!, a noise do Brincando de Deus ou a explosão do Camisa de Vênus. Alguns ficaram na estrada e desistiram, outros continuaram a lutar. Todos concordam que o rock desta terra vive (e/ou viveu) um grande momento. O som vigoroso e pulsante do rock baiano não morreu, ainda circula em todas as esquinas e praças da cidade.Rock é música urbana, contemporânea e elétrica. Rock é risco. Os problemas do rock and roll baiano são os mesmos de outras cidades nordestinas. Vai desde incentivo, investimento, e de produtores que acreditem até a ausência de um público rocker maior e informado (a mídia eletrônica, muitas vezes, não divulga, desconhece), além da ausência de ousadia de algumas bandas e de poder aquisitivo de seus criadores. Mas com todas essas dificuldades, é preciso ficar atento e forte. “Não temos medo de temer a morte”. É preciso ousar, criar, enfrentar os obstáculos para seguir em frente. Um bom trabalho, lançado no final dos anos 80, foi o LP “ Rock: Conexão Bahia”, reunindo sete bandas baianas de tendências e estilos diferentes. Com uma guitarra na mão e mil idéias na cabeça, o melhor é soltar o som!” (citação de Gutemberg Cruz, retirada do livro "Rock Baiano- uma cultura subterrânea" de Ednilson Sacramento, Desiderata, São Paulo 2008.

Fábio, da banda Cascadura, ainda esclarece um pouco mais sobre esse cenário, e expressa sua opinião a respeito do gênero na Bahia, através do podcast:

papo independente - casca



|

Read Users' Comments ( 0 )

Será o fim dos Cd´s?



Por: Camila Santos

A primeira década do século XXI anuncia, mais do que nunca, o fim do mundo como o conhecemos. Ou, como a internet interfere diretamente na forma de se fazer, vender e comunicar cultura. Em especial, a música. Neste momento, enquanto as vendas de CD's encolhem expressivamente ano a ano, gravadoras, empresas, produtoras, bandas e público buscam novos caminhos para financiar um mercado que gera bilhões de dólares anuais.
A derrocada do suporte físico simboliza o movimento inverso que a música em formatos digitais experimenta. Segundo último levantamento da IFPI, as vendas de música digital totalizaram 3,05 bilhões de dólares em 2007, número 48% maior que em 2006. Isto representa agora 15% do mercado global: cifra que era de 0% em 2003. Somente nos Estados Unidos, as vendas de canções via internet e celulares agora respondem por 30% da receita total da indústria.
E o Brasil segue o mesmo fluxo. O país, que nos últimos dois anos viu o nascimento de lojas online do UOL, Terra, a criação de diretórios locais do MySpace e LastFM, o suporte de empresas ao Trama Virtual, remunerando artistas pelo número de downloads, registrou números extremamente expressivos em 2007 e 2008.
Para qualquer banda independente, ficar refém de grandes gravadoras e da velha maneira de se fazer e consumir é uma necessidade do passado. O MySpace, principal site de relacionamento focado na música, conta com 30 milhões de usuários e 5 milhões de bandas cadastradas. O SMD - Semi Metalic Disc - produto inventado no Brasil, permite prensar e vender seu próprio disco à um custo ínfimo, comercializado com o preço padrão de R$ 5 estampado na capa: com direito à tudo que um CD "tradicional" oferece, comportando até 60 minutos de gravações e com uma série de medidas inteligentes que baratearam o produto final. Ótima pedida para quem ainda precisa do suporte físico para vender em shows, enviar para a mídia especializada e tudo mais.
A internet ainda disponibiliza inúmeras ferramentas, em sua maioria gratuitas, para quem quer fazer seu próprio site, divulgar sua obra, registrar, disponibilizar para download e tornar seu nome conhecido no cenário. A "cena" brasileira de música independente passou a se fortalecer recentemente, dando origens à inúmeros festivais e coletivos em várias cidades do país que promovem shows, eventos e facilitam todo o processo da cadeia produtiva para que bandas surjam e aconteçam para o público ao qual se dirige.
Tantas facilidades podem criar um outro problema: o público se perder em meio à tantas bandas e tantos caminhos. A avalanche de grupos - muitas vezes de qualidade duvidosa - sobrecarregam a mídia, os canais de divulgação, patrocinadores, shows. O que diferenciaria um grupo no atual momento da música mundial? Como se destacar em meio a tantos nomes? O acesso fácil criaria o reconhecimento instantâneo? Indo além, ainda não restaria, entre a imprensa, um resquício de preconceito contra as bandas indie, fazendo com que elas não conseguissem espaço em veículos de maior alcance?
Felizmente, a qualidade não deixou de ser fator primordial para que uma banda mereça o espaço conquistado Há música sendo feita, reconhecida, girando e acontecendo em todos os cantos do Brasil. Se antes incipiente, a internet e o formato digital é agora uma realidade acessível que deverá em pouco tempo tornar-se a principal fonte de lucro da indústria.


|

Read Users' Comments ( 0 )

Mercado Musical Independente

Por: Rafaela Medeiros

O Cenário Musical independente é formado por artistas que não possuem vínculos com nenhuma gravadora e que tem controle total sobre suas produções, como músicas e shows. Eles têm total autonomia para realizar seus projetos. E isso gerou um forte movimento comercial, capaz de competir com a indústria fonográfica, que manipula a maior parte do mercado.
O Mercado musical independente vem ganhando cada vez mais espaço no cenário musical. De acordo com a Associação Brasileira de Música Independente (ABMI), 80% da produção nacional de música é de independentes, representando uma parcela de 25%, cerca de 15 milhões, do total vendido no país. E segundo Roberto de Carvalho, o mercado musical passa por um bom momento, valorizando a musica independente, devido a grande transformação dos modelos de negócios do setor.
Um dos principais difusores é a internet, que, devido ao fácil acesso e sua proporção mundial, possibilita a distribuição e consumo dos produtos musicais. Leva-se em conta também o fato dela ser um meio democrático e sem fronteiras que impeçam essa difusão.

“Pela internet, artistas e pequenas gravadoras tem mais recursos e facilidade para divulgar seu produto e atingir o público específico. E como a internet não tem fronteiras, essa divulgação passa a ser internacional. Além disso, quando o consumidor paga pelo produto, toda a cadeia é remunerada”, afirma o pesquisador da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Matheus Marangoni.

As pessoas podem, através da internet, baixar músicas, clipes, entrar em comunidades de sites de relacionamentos, e até baixar um CD inteiro. Sites como o Myspace, uma rede de relacionamentos como o Orkut, que muitos artistas utilizam para divulgar seus trabalhos.
Outro meio que está se mostrando muito eficiente para a divulgação são os festivais de música independente, que possuem uma grande repercussão, como o BoomBahia por exemplo, que há 12 anos tem como objetivo colocar a Bahia no circuito da música independente brasileira. Por ele já passaram tanto bandas nacionais, como internacionais.
Os festivais acabam sendo uma alternativa contra os jabás (dinheiro pago a emissoras de rádio e televisão para divulgação de determinada música), que é uma forma de manipulação da indústria fonográfica. Mas para eles acontecerem é, na maioria das vezes, necessário patrocínio. A empresa Petrobrás, através da Lei Rouanet (Lei Federal 8.313), investiu R$ 2.500.000 para a produção desses festivais.
A expansão das bandas independente tem gerado uma crise nas gravadoras, que estão perdendo mercado para elas, já que seus produtos geralmente são mais baratos. Mas é equivocado pensar que as gravadoras não estão lucrando, pois seus saldos continuam positivos, e elas continuam lançando muitos artistas.
Outros fatores que contribuem para essa crise são a pirataria, a diminuição do numero de lojas, o aumento de vendas de musicas por download, além do comercio de músicas feito através do telefones celulares.


|

Read Users' Comments ( 0 )

Por: Camila Santos

Underground ( "subterrâneo", em inglês)-É uma expressão usada para designar um ambiente cultural que foge dos padrões comerciais, dos modismos e que está fora De foco na mídia. Muito conhecido como Movimento Underground ou Cena Underground.
A cultura underground também pode ser chamada de contra-cultura.

My Space - É um serviço de rede social que utiliza a Internet para comunicação online através de uma rede interativa de fotos, blogs e perfis de usuário. Inclui um sistema interno de e-mail, fóruns e grupos. Foi criada em 2003 e é a maior rede social do mundo com mais de 110 milhões de usuários cadastrados.O MySpace é um site muito ativo, com novos membros entrando no serviço diariamente e novos recursos adicionados com freqüência. A crescente popularidade do site e sua habilidade de hospedar MP3s fez com que muitas bandas e músicos se registrassem, muitas vezes fazendo de suas páginas de perfil seu site oficial.

TramaVirtual- É um site brasileiro que divulga bandas independentes nacionais. Bandas como Fresno, Emoponto e Nx Zero, já divulgaram suas músicas por lá.

Creative Commons- A tradução para o português, é criação comum, pode denominar tanto um conjunto de licenças padronizadas para gestão aberta, livre e compartilhada de conteúdos e informação (copyleft), quanto a homônima organização sem fins lucrativos norte-americana que os redigiu e mantém a atualização e discussão a respeito delas. As licenças Creative Commons foram idealizadas para permitir a padronização de declarações de vontade para o licenciamento e distribuição de conteúdos culturais em geral (textos, músicas, imagens, filmes e outros), de modo a facilitar seu compartilhamento e recombinação, sob a forma de uma filosofia copyleft.


ABMI- Associação Brasileira da música independente

ECAD- Escritório Central de Arrecadação e Distribuição - é o órgão brasileiro responsável pela a arrecadação e distribuição dos direitos autorais das obras musicais

UBC- União Brasileira de compositores

Jabá- É pago aos meios, para se veicular a música. Ex: As gravadoras oferecem às rádios o ‘Jabá’ para que as músicas de seus artistas sejam tocadas determinado número de vezes, em determinado horário.Prática ilegal, mas recorrente.


|

Read Users' Comments ( 0 )